sábado, 4 de outubro de 2008

Os motivos

Porquê?
Porque a fome no mundo pode ser resolvida com 10% do que se gasta em armamento. Podemos imaginar como seria se se destinassem 30% ou 50% para melhorar a vida das pessoas, em vez de os aplicar em destruição?
Porque eliminar as guerras e a violência representa sair definitivamente da pré-história humana e dar um passo de gigante no caminho evolutivo da nossa espécie.
Porque nesta aspiração acompanha-nos a força das vozes de muitas gerações anteriores que sofreram as consequências das guerras cujo eco ainda se ouve em todos os lugares onde estas continuam a deixar o seu sinistro rastro de mortos, desaparecidos, deficientes, refugiados e deslocados.
Porque um “mundo sem guerras” é uma proposta que abre o futuro e aspira a concretizar-se em cada canto do planeta em que o diálogo vá substituindo a violência.
Chegou o momento de fazer ouvir a voz dos sem-voz! Milhões de seres humanos pedem, por necessidade, que acabem as guerras e a violência.
Podemos consegui-lo unindo todas as forças do pacifismo e da não-violência activa no mundo.


Quando?

Começará na Nova Zelândia no dia 2 de Octubro de 2009, aniversário do nascimento de Gandhi e declarado pelas Nações Unidas “Dia Internacional da Não-Violência”. Terminará na cordilheira dos Andes (Punta de Vacas, Aconcágua, Argentina) no dia 2 de Janeiro de 2010. 
Durará 90 dias, três longos meses de viagem. Passará por todos os climas e estações, desde o Verão tórrido de zonas tropicais e desertos, até ao Inverno siberiano.

Quem participa?
A marcha é uma iniciativa do “Mundo sem Guerras”, organização internacional que trabalha há 15 anos no campo do pacifismo e da não-violência.
No entanto, a Marcha Mundial será construída entre todos. Está aberta à participação de todas as pessoas, organizações, colectivos, grupos, partidos políticos, empresas, etc., que partilhem da sensibilidade deste projecto. Assim, não se trata de um evento fechado, mas sim de um percurso que se irá enriquecendo graças às actividades que se ponham em marcha consoante as diferentes iniciativas.
Por isso convidamos à participação activa, a que cada pessoa contribua com a sua criatividade para a passagem da MM em cada lugar, numa convergência de múltiplas actividades, compostas por tudo aquilo que a imaginação for capaz de conceber.
Os canais de participação são múltiplos, destacando-se a participação virtual na MM através da Internet.
É uma marcha das pessoas e para as pessoas, que pretende chegar à maioria da população mundial. Por isso convocam-se todos os meios de comunicação para que difundam esta volta ao mundo pela Paz e pela Não-Violência.

O que se vai fazer?
À sua passagem pelas cidades, serão realizados fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos (desportivos, culturais, sociais, musicais, artísticos, educativos, etc.) que irão sendo organizados conforme as iniciativas que surjam em cada lugar.
Neste momento contamos já com centenas de projectos que pessoas e organizações puseram em marcha.

Para quê?
Para denunciar a perigosa situação mundial que nos está a levar para as guerras com armamento nuclear, um beco sem saída e a maior catástrofe humana da história.
Para dar voz à maioria dos cidadãos do mundo que não estão a favor das guerras nem da corrida ao armamento. Todos sofremos as consequências da manipulação por parte de poucas pessoas porque não damos um sinal unido. É hora de cada um mostrar a sua postura, a sua rejeição.
Une o teu sinal ao de muitos outros e a tua voz terá de ser escutada!
Para conseguir: o desaparecimento das armas nucleares; a redução progressiva proporcional do armamento; a assinatura de tratados de não-agressão entre países; a renúncia dos governos à guerra como meio de resolução de conflitos.
Para pôr em evidência as outras múltiplas formas de violência (económica, racial, sexual, religiosa) escondidas ou disfarçadas pelos que as provocam, e para proporcionar a quem as sofre uma forma de se poder expressar.
Para, da mesma maneira que aconteceu com a ecologia, criar consciência global da necessidade de uma verdadeira Paz e de repúdio a todas as formas de violência.

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