quarta-feira, 29 de outubro de 2008

CICLO DE CINEMA: "Persépolis" | 6 Nov.


"Persépolis" é a história de uma menina que cresce no Irão durante a Revolução islâmica, a história autobiográfica de Marjane Satrapi, que já dera origem a quatro livros de banda desenhada. É através dos olhos da destemida Marjane, de nove anos, que é vista a esperança de um povo ser destruída quando os fundamentalistas tomam o poder, forçando as mulheres a usar o véu e prendendo milhares de pessoas.
Inteligente e extrovertida, Marjane consegue, mesmo apesar das proibições, descobrir a cultura punk, os Abba ou os Iron Maiden. Mas quando o tio é cruelmente executado e as bombas começam a cair sobre Teerão durante a Guerra com o Iraque, o medo começa a ganhar forma. E a ousadia de Marjane torna-se uma preocupação para os pais que acabam por tomar a difícil decisão de a enviar para uma escola na Áustria. Aí, sozinha, Marjane é confundida com o fundamentalismo religioso, exactamente aquilo de que fugiu do seu país. Mas, com o tempo, acaba por ser aceite. Quando termina o liceu, Marjane decide regressar ao Irão, mas aos 24 anos percebe que não pode continuar a viver no seu país, que trocará pela França, numa decisão cheia de optimismo face ao futuro.
Distinguido com o Prémio do Júri no Festival de Cannes, o filme foi candidato ao Óscar de melhor longa-metragem de animação e, entre outras distinções, ganhou o Prémio do Público nos festivais de São Paulo e Roterdão e foi considerado o Melhor Filme de Animação pelo círculo de críticos de Nova Iorque e Los Angeles.

Site Oficial

Trailer: (embed)

CICLO DE CINEMA “DISCRIMINAÇÃO E NÃO-VIOLÊNCIA”


Mais uma iniciativa incluída na Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência

O título deste ciclo de cinema alternativo, Discriminação e Não-Violência, tem a ver com dois temas fundamentais para o Movimento Humanista e para a Amnistia Internacional, que aceitaram este desafio proposto por um colaborador de ambas as organizações.
O que propomos é bem mais do que um ciclo de cinema: depois de cada exibição, haverá um momento para o intercâmbio de opiniões, experiências, testemunhos sobre o tipo de violência/discriminação focado no filme e formas de superar essa violência, vias não-violentas de superar os conflitos.
O registo dos filmes escolhidos é sobretudo o do documentário, embora com diversas nuances e uma excepção: um filme de animação logo a abrir!
A entrada é livre.
Agradecemos às entidades que nos apoiaram e aos estabelecimentos culturais onde vão ser exibidos os filmes.

sábado, 4 de outubro de 2008

Os motivos

Porquê?
Porque a fome no mundo pode ser resolvida com 10% do que se gasta em armamento. Podemos imaginar como seria se se destinassem 30% ou 50% para melhorar a vida das pessoas, em vez de os aplicar em destruição?
Porque eliminar as guerras e a violência representa sair definitivamente da pré-história humana e dar um passo de gigante no caminho evolutivo da nossa espécie.
Porque nesta aspiração acompanha-nos a força das vozes de muitas gerações anteriores que sofreram as consequências das guerras cujo eco ainda se ouve em todos os lugares onde estas continuam a deixar o seu sinistro rastro de mortos, desaparecidos, deficientes, refugiados e deslocados.
Porque um “mundo sem guerras” é uma proposta que abre o futuro e aspira a concretizar-se em cada canto do planeta em que o diálogo vá substituindo a violência.
Chegou o momento de fazer ouvir a voz dos sem-voz! Milhões de seres humanos pedem, por necessidade, que acabem as guerras e a violência.
Podemos consegui-lo unindo todas as forças do pacifismo e da não-violência activa no mundo.


Quando?

Começará na Nova Zelândia no dia 2 de Octubro de 2009, aniversário do nascimento de Gandhi e declarado pelas Nações Unidas “Dia Internacional da Não-Violência”. Terminará na cordilheira dos Andes (Punta de Vacas, Aconcágua, Argentina) no dia 2 de Janeiro de 2010. 
Durará 90 dias, três longos meses de viagem. Passará por todos os climas e estações, desde o Verão tórrido de zonas tropicais e desertos, até ao Inverno siberiano.

Quem participa?
A marcha é uma iniciativa do “Mundo sem Guerras”, organização internacional que trabalha há 15 anos no campo do pacifismo e da não-violência.
No entanto, a Marcha Mundial será construída entre todos. Está aberta à participação de todas as pessoas, organizações, colectivos, grupos, partidos políticos, empresas, etc., que partilhem da sensibilidade deste projecto. Assim, não se trata de um evento fechado, mas sim de um percurso que se irá enriquecendo graças às actividades que se ponham em marcha consoante as diferentes iniciativas.
Por isso convidamos à participação activa, a que cada pessoa contribua com a sua criatividade para a passagem da MM em cada lugar, numa convergência de múltiplas actividades, compostas por tudo aquilo que a imaginação for capaz de conceber.
Os canais de participação são múltiplos, destacando-se a participação virtual na MM através da Internet.
É uma marcha das pessoas e para as pessoas, que pretende chegar à maioria da população mundial. Por isso convocam-se todos os meios de comunicação para que difundam esta volta ao mundo pela Paz e pela Não-Violência.

O que se vai fazer?
À sua passagem pelas cidades, serão realizados fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos (desportivos, culturais, sociais, musicais, artísticos, educativos, etc.) que irão sendo organizados conforme as iniciativas que surjam em cada lugar.
Neste momento contamos já com centenas de projectos que pessoas e organizações puseram em marcha.

Para quê?
Para denunciar a perigosa situação mundial que nos está a levar para as guerras com armamento nuclear, um beco sem saída e a maior catástrofe humana da história.
Para dar voz à maioria dos cidadãos do mundo que não estão a favor das guerras nem da corrida ao armamento. Todos sofremos as consequências da manipulação por parte de poucas pessoas porque não damos um sinal unido. É hora de cada um mostrar a sua postura, a sua rejeição.
Une o teu sinal ao de muitos outros e a tua voz terá de ser escutada!
Para conseguir: o desaparecimento das armas nucleares; a redução progressiva proporcional do armamento; a assinatura de tratados de não-agressão entre países; a renúncia dos governos à guerra como meio de resolução de conflitos.
Para pôr em evidência as outras múltiplas formas de violência (económica, racial, sexual, religiosa) escondidas ou disfarçadas pelos que as provocam, e para proporcionar a quem as sofre uma forma de se poder expressar.
Para, da mesma maneira que aconteceu com a ecologia, criar consciência global da necessidade de uma verdadeira Paz e de repúdio a todas as formas de violência.

Os números da Marcha Mundial

Continentes: 6
Países: 90
Quilómetros: 160 000
Duração: 90 dias
Transportes:
40 trajectos em comboio (incluindo o Transiberiano)
100 trajectos terrestres (todo-o-terreno, autocarro, automóvel, motorizada, bicicleta, etc.), incluindo os trajectos Paris-Dakar e América norte-sul pela cordilheira dos Andes
14 trajectos aéreos
25 trajectos aquáticos (navio, barcos, canoa, etc.) 
Climas: a marcha atravessará todos os climas, desde o temperado suave, passando pelo mediterrânico, continental, tropical, siberiano e tórrido até ao desértico. Desde a estepe siberiana até aos desertos do Sara e de Atacama (o mais seco do mundo) até à Antárctida.
Passará por todos os climas e estações, desde o Verão tórrido das zonas tropicais e do deserto, até ao Inverno siberiano. As etapas mais longas serão a americana e a asiática, ambas de quase um mês. 
Uma equipa base permanente de cem pessoas de diferentes nacionalidades fará o percurso completo. 


Estações:
nos 90 dias passará 2 vezes pelas 4 estações do ano
Altitude: no seu percurso a MM terá que passar por lugares a 5 000 m de altitude
Equipa permanente: 50 pessoas
Passagens fronteiriças: 160
Instituições co-organizadoras: 500
Instituições colaboradoras e adesões: 3000
Visitas a governos e representantes políticos: 100
Centros espirituais: 25
Participantes no percurso: 1 milhão
Participantes virtuais: 10 milhões


OS PAÍSES DO PERCURSO

América:
 
Canadá, Estados Unidos, México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Rep. Dominicana, Haiti, Venezuela, Colômbia, Equador, Brasil, Paraguai, Uruguai, Peru, Bolívia, Chile, Argentina.


Europa:

Federação Russa, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Eslovénia, Croácia, Polónia, República Checa, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Holanda, Reino Unido, Islândia, Luxemburgo, Eslováquia, Hungria, Portugal, Grécia, Turquia, Áustria, Alemanha, Itália, Suiça, França, Bélgica, Espanha, Gibraltar

África:
Marrocos, Sara Ocidental, Mauritânia, Egipto, Senegal, Benim, Argélia, Moçambique, Togo, Gana, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Mali, Burkina Faso, Gâmbia


Ásia continental:

Coreia do Sul, Coreia do Norte, China, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Índia, Mongólia, Federação Russa, Israel, Turquia

Oceania e Ásia Oriental:
N. Zelândia, Austrália, Papua - Nova Guiné, Filipinas, Japão

Antárctida

Marcha Mundial apresentada no Porto

A cidade do Porto será o palco da apresentação em Portugal da Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência, uma iniciativa de âmbito internacional e que será a primeira marcha a percorrer todo o planeta. A apresentação à imprensa terá lugar no Café Guarany, no dia 4 de Outubro, às 15h30, seguindo-se a apresentação ao público, na Avenida dos Aliados. Está prevista uma recriação da marcha, a que convidamos todas as pessoas a aderir.